O vôo pairado ou equilibrado, a capacidade de agitar as asas para se manter no ar, é o forte dos beijas-flores, quanto menor a espécie e quanto mais curta a asa, maior é a frequência do bater da mesma, o zumbido.
O macho do estrelinha-ametista, por exemplo, alcança 80 batidas por segundo, produzindo um som bem agudo, enquanto a fêmea chega a apenas 70 vibrações, seu ruído de vôo é mais grave. Vibrações altas possuem também topetinhos (lophornis), bandeirinha (discosura longicaudus), chifre-de-ouro (heliactin bilophus) e os rabo-brancos (phaethornis) de pequeno porte.
Os zumbidos dessas espécies são semelhantes ou até mesmo iguais à insetos de tamanho e vibração quase idênticos, por exemplo, a abelha-mamangaba (bombus sp.).
Os beija-flores brasileiros de menor frequência de asa e de som mais graves são o beija-flor-rajado (ramphodon naevius) e os asa-de-sabre (campylopterus) (14 vibrações por segundo), essa mesma frequência por exemplo tem um sabiá-do-campo (mimus saturninus).
Já quando se trata de velocidade de vôo, os beija-flores são exímios. Voando em linha reta, beija-flores pequenos fazem de 47 a 74 km por hora. A contração da musculatura de vôo pode chegar à 100 hertz, igual ao chocalhar de uma cascavel. Beija-flores sabem voar para frente e para trás, para os lados, para cima e para baixo e podem ainda parar no ar, em qualquer ponto, como um helicóptero. Viram-se as vezes de costas para baixo.
Refências:
www.wikiaves.com.br
SICK, HELMUT (1997). Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira